Iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado da Habitação. Projeto no bairro Congós oferece esporte, educação e valorização cultural.
O som do berimbau, do atabaque e do pandeiro agora ecoam com mais força no Residencial Nelson dos Anjos, no bairro dos Congós, em Macapá. Nesta quinta-feira,3, Governo do Estado do Amapá entregou instrumentos de capoeira para 41 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 14 anos, participantes de um projeto que une cultura, esporte e inclusão social.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado da Habitação (Sehab) e tem como foco o fortalecimento das raízes culturais afro-brasileiras, além de oferecer uma alternativa de lazer e educação comunitária dentro do conjunto habitacional.
“A entrega desses instrumentos representa mais do que incentivo ao esporte. É a valorização da identidade cultural dessas crianças e uma poderosa ferramenta de transformação social dentro dos habitacionais. A capoeira ensina disciplina, respeito, história e ainda fortalece os laços entre as famílias da comunidade”, destacou Karen Priscila, coordenadora estadual da Habitação.
O projeto nasceu da paixão e do compromisso de um casal de moradores do residencial, que enxergaram na capoeira uma oportunidade de mudança.
“Criamos esse projeto, o ‘Cidadãos do Bem’, porque acreditamos que a capoeira pode resgatar sonhos. Quando a criança entra na roda, ela descobre que faz parte de algo maior: uma história de luta, resistência e beleza”, contou Edinei Nascimento, idealizador e mestre de capoeira.
Raiane Sousa, que também participa da coordenação do projeto e é esposa de Edinei, reforça a importância da ação.
“Muitos desses meninos e meninas nunca tiveram acesso a atividades culturais. Ver o brilho nos olhos deles ao tocar um berimbau pela primeira vez é algo que não tem preço”, disse Raiane.
A cerimônia de entrega, aconteceu às 10h no espaço comunitário do residencial, reuniu alunos, familiares, professores e moradores. O evento também marcou o início das aulas regulares de capoeira, que acontecerão semanalmente no conjunto às terças e quintas-feiras.
Além de preservar a tradição afro-brasileira, o projeto visa criar um ambiente mais seguro, educativo e cultural para crianças em situação de vulnerabilidade social.
