Aluna da rede estadual de ensino do Amapá irá representar o Brasil na maior feira estudantil dos EUA

Ana Clara Rodrigues, 16 anos, já foi 15 vezes premiada com projeto de reaproveitamento da casca do caranguejo.

Ana Clara Rodrigues, de 16 anos, será uma das representantes brasileiras em feira internacional
Ana Clara Rodrigues, de 16 anos, será uma das representantes brasileiras em feira internacional
Foto: Israel Cardoso/GEA

A estudante Ana Clara Rodrigues, de 16 anos, será uma das representantes brasileiras na International Science and Engineering Fair (Isef), a maior feira estudantil do mundo, que acontece em maio, nos Estados Unidos. O projeto que será apresentado por ela já obteve mais de 15 premiações em oito feiras de todo o país, incluindo a Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap), realizada pelo Governo do Amapá.

O projeto “K+: análise da farinha do processamento da carcaça do caranguejo-uçá, como uso orgânico para fertilizantes na sojicultura” foi desenvolvido visando o seu uso sustentável por produtores e moradores de zonas rurais e áreas isoladas que fazem uso do crustáceo para venda ou alimentação.

Projeto obteve mais de 15 premiações em oito feiras de todo o país
Projeto obteve mais de 15 premiações em oito feiras de todo o país
Foto: Israel Cardoso/GEA

A ideia surgiu a partir de um programa estudantil da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, onde Ana Clara estudou até 2023. Atualmente aluna da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, a estudante prosseguiu sua pesquisa, tendo seu projeto reconhecido pela originalidade e importância científica e social.

Ana Clara iniciou sua pesquisa ainda no ensino fundamental
Ana Clara iniciou sua pesquisa ainda no ensino fundamental
Foto: Israel Cardoso/GEA

“Percebemos que o caranguejo é muito consumido, mas que sua carcaça não era tão utilizada, mesmo sendo rica em nutrientes. Então, resolvemos aplicar no projeto. Hoje é tudo muito gratificante porque estudar em uma escola pública e conseguir o primeiro lugar em várias feiras não acontece sempre. Gostaria que outros alunos tivessem o mesmo sonho e também buscassem isso”, afirma a estudante.

Para o orientador do projeto, professor Aldeni Melo, o alcance da pesquisa mostra o potencial científico dos alunos e das escolas da educação pública amapaense. Junto com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), há uma proposta para levar o programa para outras escolas, ampliando a chance de descobrir novos talentos.

Professor Aldeni Melo explica pesquisa com carcaça de caranguejo
Professor Aldeni Melo explica pesquisa com carcaça de caranguejo
Foto: Israel Cardoso/GEA

“Desenvolvo esse trabalho com os alunos desde 2012, antes sem acreditar muito, mas seguindo pela curiosidade. Ao todo, já conquistamos mais de 500 prêmios e 81 alunos já conseguiram bolsas científicas através dele. Então, é um reflexo do trabalho que está dando certo e a rede está abraçando essa proposta”, afirma Aldeni.

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