Encontro na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também ouviu as necessidades dos povos originários no atendimento na rede pública hospitalar.

O Governo do Amapá promoveu um dia de troca de saberes e de valorização da cultura indígena do estado. Na terça-feira, 22, os profissionais de saúde participaram de uma exposição de artesanatos com grafismos tradicionais, pintura corporal, culinária e lançamento de livros sobre os povos originários.

A programação, que ocorreu na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi organizada pela Coordenação de Saúde Indígena e contou com lideranças de várias etnias, que falaram sobre os desafios ao buscar serviços na rede hospitalar e dos avanços implementados pelo governo para recebê-los, como enfermarias com redes e tradutores nas unidades.
“Esse foi um encontro para aproximar ainda mais a saúde pública dos povos indígenas para reforçar a importância desse diálogo, pois assim entendemos quais são as reais necessidades e quais as políticas públicas em saúde que devemos implantar nas unidades hospitalares”, explica Alessandra Macial, coordenadora estadual de Saúde Indígena (Coesi) da Sesa.

O encontro contou com a participação de indígenas de 8 etnias do estado: Apalai, Waiana, Tiriyó, Kaxuyana, que são do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, região Sudoeste; os Wajãpi, da região Central do município de Pedra Branca do Amapari; e os Galibi Marworno, Palikur, Karipuna do extremo Norte do Amapá, que trouxeram artefatos para exposição, técnicas da pintura corporal e a riqueza do conhecimento cultural de seus povos.
“Essa iniciativa da Secretaria de Saúde é muito importante, pois somos diversos povos, cada um com sua necessidade e para ter melhorias é necessário esse diálogo. Já avançamos muito, hoje a estrutura de Governo do Amapá atende nossas necessidades”, reforçou o cacique Arinaware Apalai Waiana, presidente da Associação Indígena APIWA.

O Governo do Estado aumentou de maneira significativa o alcance à saúde para os povos originários, a exemplo de ações nas aldeias e dos investimentos no Hospital Estadual de Oiapoque, com o Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi), que foi entregue pelo governador Clécio Luís em 2024.

“Anos atrás um paciente indígena não sabia explicar sua doença para o médico e hoje isso é diferente, tem intérprete indígena no hospital e agora o médico pode entender nossa doença. Isso mostra a valorização da nossa língua materna e que o Governo do Estado não pode desistir do seu objetivo, valorizando o movimento indígena”, destacou o cacique Aikyry Waiãpi, presidente da Associação Indígena Wajãpi.